sábado, 8 de maio de 2021

O amor é uma carta fechada

 


Autor: Joaquim Quintino Aires

Ano: 2007
Editora: Caderno
Número de páginas: 223

Lido entre 01/05/2021 e 04/05/2021 (4 dias)
Classificação: 5/5

Opinião:
Livro requisitado da biblioteca. Estava na minha wishlist há uma série de anos pela curiosidade que eu tinha em ler algum livro do Quintino. Durante vários anos ouvi o programa "A hora do sexo" da Antena 3. Fui agora ver, por curiosidade, e o programa acabou em 2016. E durante os programas fui percebendo a opinião do Quintino sobre determinados assuntos, pois, obviamente, ele vai mantendo a sua opinião. E sempre que algum assunto era abordado, eu até adivinhava o que é que o Quintino ia dizer.
É um livro que se lê muito rápido. Uma coisa que gostei bastante foram os diálogos do Quintino com os seus pacientes.
Gostei imenso do livro! Quase que imagino o Quintino a dizer algumas das coisas que ali estavam escritas. 

Cada capítulo do livro aborda um problema das relações entre os casais. Aqui estão indicados quais são:
- "Desculpa, eu não presto", sobre pessoas que acabam por se sentir culpadas por terem ciúmes pelo facto da outra pessoa andar com outras.
- "Farto-me sempre deles", sobre a diferença de paixão e amor, e como muitas vezes as pessoas acabam as relações quando a paixão acaba.
- "Sei que esta relação não vai resultar, e sei que não vou ser capaz de a terminar." Mesmo assim, continuo a achar que é precisa muita coragem para terminar uma relação longa (muitas vezes já um casamento) quando vamos acabar por ficar sozinhos. Mas claro que muitas vezes as pessoas já estão sozinhas, porque a relação já não significa nada.
- "Sempre critiquei os meus pais, mas repito o comportamento deles." Apesar do Quintino defender a ideia que é extremamente comum que isto aconteça, na minha opinião há montes e montes de casos de pessoas que não repetem os padrões de comportamento dos pais.
- "Sempre vivemos juntos mas há vinte anos que não fazemos sexo", sobre a opinião do Quintino que o máximo de tempo que se deve ficar sem fazer sexo é uma semana.
- "Mas então, quem ama não trai". Achei giro como nas consultas do Quintino ele não pode dizer estas coisas, mas faz com que os seus pacientes cheguem lá sozinhos.
- "Os homens contam mesmo o que não fizeram, as mulheres não contam o que fizeram". Concordo!
- "Não suportava que ela falasse nem com a irmã", sobre os ciúmes.
- "Nunca nos tocamos, mas sempre o amei", sobre o amor platónico.
- "Só depois do divórcio percebi que éramos compatíveis", sobre o divórcio.


Sinopse:
"O Amor é uma Carta Fechada é um livro valioso que o ajudará a identificar os problemas e a questionar o que está a bloquear o amor na sua vida para assim deixar de viver com a dor, angústia e tristeza e perceber a vida amorosa tal como ela é, libertando-se de ilusões e receios. Porque o amor não é uma mera questão de sorte ou azar, mas uma questão do esforço que cada um de nós dedica a tentar alcançá-lo.
O amor é uma força misteriosa e dominadora, com um poder tão forte que é capaz de controlar até os nossos pensamentos e decisões mais importantes. Mas então porque não conseguimos entender de forma clara, o que é o amor? Ou, ainda mais difícil, como se consegue viver o amor? E o que o faz tornar-se algo tão vital como respirar e comer?
Com os anos de prática, o psicólogo Joaquim Quintino Aires extraiu de casos reais os exemplos que se descrevem neste livro para elaborar a lista das 10 regras a cumprir para alcançar um amor feliz. Muitas das questões abordadas são-nos familiares: são ideias preconcebidas, que carregamos inocentemente pela vida fora, mas que podem tornar-se num veneno fatal para a relação à medida que geram expectativas irrealizáveis, que alimentam a intolerância no dia-a-dia do casal, que reforçam o sentimento de que um ou o outro é sempre o culpado, ou ainda que a vergonha de partilhar o íntimo permite que o silêncio vá corroendo pela calada dos dias."

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