sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Livro de reclamações das crianças


Autor: Eduardo Sá
Ano: 2007
Editora: Oficina do livro
Número de páginas: 103

Lido a 04/09/2017 (1 dia)
Classificação: 2/5


Opinião:
Livro conseguido através da Bolsa de Trocas. Eu nem conhecia este livro, mas como a minha irmã tinha na wishlist dela, pedi-o para que ela tivesse oportunidade de ler. Fiquei mesmo desiludida!
Durante vários anos, ouvia o programa de rádio (de 2 ou 3 minutos) que o Eduardo Sá tinha com a Isabel Stilwell. Apesar de achar que, no fundo, no fundo, se espremermos o que o Eduardo Sá diz, pouco ou nada sai, eu gostava de ouvir o programa. E a prova disso é que ouvi durante uma série de anos.
Quando morava em Lisboa ia ler livros para a Fnac. Apesar dos títulos dos livros deste psicólogo serem todos muito interessantes e apelativos, começava por ler algumas páginas (às vezes meio livro) e acabava por desistir. Se calhar a falha até é minha e eu é que não consigo captar a profundidade do que ele diz e escreve. 
O que é certo é que não consegui retirar nada deste livro que li. Que, diga-se de passagem, o facto de ter demorado apenas 15 minutos a lê-lo, mostra bem como se calhar não tem ali grande coisa escrita...


Sinopse:
"Os pais são a entidade reguladora das reclamações das crianças. São, digamos assim, rezingões como elas. Tão depressa são os “donos da bola” dos caprichos como os mais habilidosos “números 10” da pieguice e da lamúria. Os pais são o rei leão, quando se trata de proteger, ou um bambi carinhoso, quando um filho os aninha num abraço. E imaginam que o mundo das crianças seria mais fácil se alguém as equipasse com um manual de instruções. Mal sabem os pais o que as crianças (mesmo as mais pequeninas) são capazes de dizer sobre as pessoas crescidas. 

Neste livro só lhe damos o mapa do tesouro. Logo que o sinta, por entre as palavras das crianças, faça o favor de o procurar pelos seus dedos. No espaço que vai entre os olhos dos seus filhos e o seu coração. 

“Um adulto é uma pessoa que trabalha para comprar um carro todo equipado. De resto, é uma pessoa igual às outras.”- Luís, 10 anos 

“Os adultos dizem para nós não gritarmos mas, depois, são eles que gritam. Às vezes, a minha mãe diz: «João, não grites que me dói a cabeça!» e depois chama-me «JOOÃÃÃÃÃÃOOOOO».- João, 10 anos 

“Eu acho que os adultos, às vezes, vivem muito separados uns dos outros.”- Inês, 10 anos "

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Pediatra para todos


Autor: Hugo Rodrigues
Ano: 2014
Editora: Verso de Kapa
Número de páginas: 188

Lido entre 03/09/2017 e 04/09/2017 (2 dias)
Classificação: 4/5


Opinião:
De vários livros emprestados pela Angélica, este ficou para o fim porque me pareceu o menos interessante. Na realidade enganei-me porque senti-me mesmo motivada a ler. E a prova disso é que o li em cerca de 24h. O autor dizia logo no início que era essencialmente um livro de consulta (e é!) e que obviamente não deveria ser lido como um romance. Eu li-o como romance e gostei bastante. :)
Gostei de praticamente tudo e fiquei com pena do livro não ser meu e de ter de o devolver.
Tem um primeiro capítulo da preparação das coisas para a maternidade (o que é realmente necessário no enxoval do bebé, como escolher o carrinho do bebé), depois os primeiros tempos do bebé (lavar a roupa, os cremes, o banho do bebé, a chupeta). De seguida faz uma pequena abordagem sobre os acidentes mais frequentes nos primeiros meses, assim como outras questões (ver televisão, entrada na creche, usar protetor solar). O segundo capítulo é sobre a alimentação (leite materno, água, leites em pó, fruta, introdução de novos alimentos). O terceiro capítulo é o mais longo e tem a ver com as doenças. Aqui é mesmo para consulta, pois só faz sentido ir pesquisar alguma coisa caso se verifiquem alguns sintomas. O último capítulo é o mais engraçado sobre os mitos da cultura popular. Já a gravidez está carregada de mitos e a infância não é exceção. Confesso que não concordo com a ideia que as correntes de ar não constipam (eu já fiquei constipada assim) ou igualmente o andar descalço (basta eu ter os pés frios para ficar logo doente). De resto, concordei com todas outras opiniões sobre a desmistificação dos mitos.
Um livro mesmo muito interessante!


Sinopse:
"Não há altura na vida em que a insegurança seja maior do que quando se tem um filho. Por isso, se alguém me perguntar qual é a maior preocupação dos pais, acho que a resposta é o medo de errar. Assim, torna-se útil recorrer a uma ajuda externa e por isso hoje em dia ser pediatra vai muito para além de ser apenas um bom tratador de doenças. O objetivo não é o de substituir os pais, mas estar disponível para dar algumas orientações e antecipar alguns dos problemas que possam surgir. 
É com essa finalidade que surge este livro… Não pretendo substituir a observação médica, mas antes tentar transmitir alguns conceitos que me parecem fundamentais. 
No primeiro capítulo vai encontrar uma série de respostas às perguntas mais frequentes que me colocam nas consultas. 
O segundo capítulo é dedicado à alimentação, uma área em que a diversidade de opiniões é muito grande. Procurei reunir as orientações das principais sociedades pediátricas internacionais e transmiti-las de uma forma simples e prática. 
No terceiro capítulo abordo alguns dos sintomas mais frequentes e, acima de tudo, quais os sinais de alerta para cada situação. 
Por fim, vai encontrar um resumo das doenças mais comuns em pediatria, e as diferentes opções de tratamento. 
O último capítulo está reservado para os "Mitos da cultura popular (e não só)", onde tento avaliar, do ponto de vista científico, qual a veracidade dos mais frequentes conceitos populares que tão habilmente passam de geração em geração. 
Acima de tudo, espero conseguir ser-lhe útil!"

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Mindfulness para pais


Autor: Laura Sanches
Ano: 2016
Editora: Manuscrito
Número de páginas: 257

Lido entre 17/08/2017 e 02/09/2017 (17 dias)
Classificação: 2/5


Opinião:
Livro emprestado pela Angélica. Confesso que pensei que o livro fosse mais interessante, mas afinal não gostei muito. Não me motivou a leitura e por isso demorei bastante a ler.
Eu sei que a autora é psicóloga, mas senti-me mesmo que estava a ler o livro de psicologia da escola. Gostei de relembrar a experiência que fizeram com os macacos, sobre o apego (o "macaco" que dava alimento e o "macaco" que dava o apego). Achei que outra situação referida (do estranho que entrava na sala, e saía a mãe a via-se a reação da criança) era um bocado "forçada", pois penso que não se deve generalizar todo o apego e a relação da mãe com a criança apenas por uma situação isolada. Se calhar sou eu que estou agora a generalizar. :)
As partes que gostei mais foram as do último capítulo. Devia ter tomado notas. :) Mas basicamente, achei interessante o raciocínio da contravontade, de dar a opção às crianças de escolherem quando é algo que elas não querem ("queres sair do parque a pé ou ao colo?", "qual destas roupas queres vestir?") porque assim as crianças já sentem algum controlo e é mais fácil que façam o que queremos. 
A autora é contra as palmadas, os castigos de isolamento, mas também contra os elogios e recompensas em demasia. Uma criança não precisa de ser controlada, mas guiada. É importante passar tempo com os filhos e criar rituais de família. E as crianças (tal como nós) têm direito a estar zangadas. Muitas vezes o abraço, o apego que temos com as crianças, serve para resolver muitas situações.


Sinopse:
"A nossa presença, inteira, completa e livre de julgamentos é o melhor presente que podemos dar aos nossos filhos mas também a nós próprios. Mindfulness significa prestar atenção. Para Laura Sanches, psicóloga clínica, a atenção é o ingrediente fundamental na relação entre pais e filhos. Neste livro, a autora propõe usar a ferramenta do mindfulness para criarmos um relacionamento completo, verdadeiro, presente, mais feliz e mais harmonioso com os nossos filhos. O stresse diário, a correria entre trabalho-casa e as obrigações não nos permitem estar de forma plena com quem mais queremos. Estamos com os nossos filhos, mas não estamos presentes: agarramo-nos ao telemóvel, pensamos nas preocupações que deixámos no trabalho. É preciso quebrar estes padrões e criar novos modelos de estar em família. 
Laura Sanches ensina-nos a desenvolver uma nova atitude enquanto pais, e a educar de forma consciente. Como? Estabelecendo uma ligação sólida com os filhos, assumindo o papel de guias sem medo, respondendo em vez de reagir, criando um ambiente seguro através da empatia, educando para os limites e respeitando-lhes as oposições. O fundamental é comunicar com os filhos com segurança e guiá-los com confiança. Fazê-los sentir que estamos verdadeiramente presentes. Através de casos reais e exercícios práticos de mindfulness, este livro torna-nos adultos mais seguros e pais mais capazes de transmitir regras e valores sem precisar de recorrer aos castigos e às palmadas."