segunda-feira, 17 de novembro de 2008

À espera no centeio


Autor: J. D. Salinger
Ano: 1951

Editora: Difel
Número de páginas: 226

Lido entre 05/03/2008 e 04/04/2008 (31 dias)

Classificação: 3/5


Opinião e sinopse:
Este livro foi-me sugerido e emprestado pelo Ponto. Portanto, eu não o tenho e se alguém o quiser ler também, não me pode pedir emprestado. O:)

"Holden Caulfield, 16 anos, narrador e protagonista desta história, é um adolescente rebelde e impulsivo, que vive preso na angústia inerente ao rumo artificial e hipócrita que a sua vida parece querer tomar. Holden começa por nos contar acerca da sua expulsão de uma importante escola particular, situada nos subúrbios de Nova-Iorque, Pencey Prep. Não é a primeira nem a segunda vez que Holden é expulso de uma escola, e, sabendo que o reitor da instituição escreveu uma carta informativa a seus pais, resolve aproveitar o tempo de circulação do sobrescrito para passear livremente pela grande cidade. Adiar o mais possível o confronto familiar é um dos seus objectivos. Sem dar explicações a ninguém, arruma os seus pertences e parte a meio da noite, três dias antes das aulas terminarem.

Holden deambula por Nova-Iorque, de noite e de dia, conhece pessoas, convida amigos para os copos, raparigas para namorar, e envolve-se em situações paras as quais não se encontra minimamente preparado. Resulta daí uma visão cínica, desencantada, decadente, e predominantemente solitária da vida na metrópole. Contido nessa visão, encontramos um turbilhão de sentimentos que Holden não consegue domar, nem catalogar à medida a sua própria impulsividade. É a impotência perante a inevitabilidade da perda de uma certa inocência de infância; é a indiferença total perante as responsabilidades da vida; é um frustrante e paradoxal estrangulamento da liberdade individual (paradoxal porque Holden não suporta estar só); é enfim, tudo aquilo que qualquer jovem pode sentir, naquela altura da sua vida em que o mundo dos adultos começa a confundir-se com o seu.

Neste contexto geral, há lugar para referências a pequenas coisas, a pormenores mais ou menos insignificantes do nosso dia a dia, aqueles que ninguém se lembra até serem mencionados nalguma obra literária. Este livro é rico nesses saborosos lembretes, o tipo de particularidades que nos ligam à realidade instantaneamente." (
daqui)

"Salinger introduz na literatura americana os recursos da oralidade, com a linguagem espontânea, o calão, os palavrões, o bordão das repetições frequentes, o humor inconsciente, procedendo a uma verdadeira revolução literária, que tornou o livro num clássico da literatura americana do pós-guerra." (
daqui)

Eu gostei bastante de ler. E como era contado na primeira pessoa, tornou-se mais interessante ainda (eu adoro livros na primeira pessoa!). Recomendo!

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