Autor: Júlio Magalhães
Ano: 2008
Editora: Esfera dos livros
Número de páginas: 312
Lido entre 09/12/2014 e 20/12/2014 (12 dias)
Classificação: 3/5
Opinião:
Este livro foi-me emprestado pela minha irmã. Não tinha lido nada sobre o livro, nem sinopse, nem nada. Decidi ler este livro apenas por ser de Júlio Magalhães e eu ter interesse em conhecer um bocadinho sobre a sua escrita. Tenho a certeza que se tivesse lido alguma coisa antes, não me teria interessado pelo livro. Por isso, ainda bem que fui completamente às cegas.
Achei o livro super simples, com montes de coincidências e reencontros entre as personagens, para que a história terminasse bem. Nesse ponto, talvez tenha sido exagerado. Mas, por outro lado, se as personagens não se tivessem sempre encontrado, ficaríamos sem saber o que lhes teria acontecido.
Gostei especialmente da parte histórica, das descrições sobre as pessoas que vinham de Angola, as condições que tinham de enfrentar e o estado em que ficou aquele país de onde as pessoas saíam. Confesso que não fazia a mínima ideia de como estas coisas se tinham passado.
Sinopse:
"Outubro, 1975. Quando o avião levantou voo deixando para trás a baía de Luanda, Carlos Jorge tentou a todo o custo controlar a emoção. Em Angola deixava um pedaço de terra e de vida. Acompanhado pela mulher e filhos, partia rumo ao desconhecido. A uma pátria que não era a sua. Joana não ficou indiferente ao drama dos passageiros que sobrelotavam o voo 233. O mais difícil da sua carreira como hospedeira. No meio de tanta tristeza, Joana não conseguia esquecer o olhar firme e decidido de Carlos Jorge. Não percebia porquê, mas aquele homem perturbava-a profundamente. Despertava-a para a dura realidade da descolonização portuguesa e para um novo sentimento que só viria a ser desvendado vinte anos mais tarde. Foram milhares os portugueses que entre 1974 e 1975 fizeram a maior ponte área de que há memória em Portugal. Em Angola, a luta pelo poder dos movimentos independentistas espalhou o terror e a morte por um país outrora considerado a jóia do império português. Naquela espiral de violência, não havia outra solução senão abandonar tudo: emprego, casa, terras, fábricas e amigos de uma vida."
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